segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Mini fazenda





























Na minha mini fazenda
Tem uma árvore que brota batatinha frita
Eu contei pra Rita
Ela mexeu com a cabeça
Como quem diz:
Para de bobeira e vê se não me irrita
A rita gritou, esperneou
Até cair seu laço de fita,
A rita rio, rio,
A Rita faz fita
E aí falou:
-Só se na minha mini fazenda
Tiver também uma árvore
de castanhas de catchup
Ta bom Rita
Ta combinado
Você pega as castanhas com catchup
E eu, as batatinhas
E faz de conta que vamos vender no mercado


Poesia publicada no livro Âmago, 2011

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Copa do Penta

Na madrugada da última copa

Levantaram

Os três

Só os três

Assistiram ao jogo

Como se tivessem bebendo e brindando,

Era café, apenas café

Após cada gol ...suado...

Os três

Somente os três

Se abraçavam

E choravam

A emoção contida.

sábado, 10 de julho de 2010

O baleiro

O baleiro ainda antigo
aquele que roda
como um carrossel
na frente uma mesa de sinuca
um homem de barba
mais parecendo lampião de chapéu
Um violeiro cantando músicas regionais
É 2009
Mulheres bebendo sozinhas
ou com seus maridos
tentando ser sensuais
umas são
outras não
E o baleiro antigo,
continua a rodar...

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Casa da Beth

Da porta da casa se via o ipê branco,
já com poucas folhas
anunciando o final de temporada

Enquanto ela continuava a caminhar
em direção à sua casa,
os amigos que ficaram,
já embriagados e envolvidos pela bebida
e momentos de risos,
gritavam seu nome...

E ela impassível continuava com seu passo firme,
fingindo que nada a incomodava,
naquele único momento,
apenas o ipê branco a comovia

Foi então que gritou:
“faça uma poesia”


*Poesia publicada no livro: "IV CLIPP - Concurso Literário
de Presidente Prudente".

Lugares

Saudades

de velhas amizades

De lugares

De amores em bares

De sexo em mares

De casos perfeitos

De lares desfeitos

Saudades

de amizades

lugares

bares

sexo mares

casos

E lares

Itaí

O rio corria bravo
invadia a ponte
estreita e velha

Na madrugada escura e úmida,
adolescentes cravavam gravetos
em seu leito,
rindo e zombando da sorte

Bravos como a correnteza do rio
que invadia a ponte